Olinda, 15 de janeiro de 2013.
Resolvi começar. Tinha que começar meus escritos, meus
relatos de alguma maneira. E enquanto o blog não entra no ar é preferível que
eu comece da melhor maneira de sempre: transpondo meus pensamentos e sensações
para o papel.
- Domingo passado, em Olinda, já (é) era carnaval. Na
verdade muito antes disso, ou como muitos gostam e costumam dizer: - “chegou o
dia 1º de janeiro, a cidade é tomada pela festa. E desde esse dia, é assim
todos os finais de semana”.
Mas o carnaval me
assusta.
Ainda me assusta? Talvez, hoje, por outros motivos, ou
talvez multidões desgovernadas sempre me assustaram. Desgovernadas ou
organizadas seguindo sua própria lógica. Mas domingo passado, me preparava para
um passeio com a família, achando que seria como outro domingo qualquer. E que
bom que a vida surpreende.
Escutamos fogos e um toque de afoxé, resolvemos dar a volta
para ver mais de perto. A procissão para a LAVAGEM DO BONFIM descia a LADEIRA
DA SÉ. E essa imagem me emocionou, como nunca mais havia me emocionado. Uma
beleza de tecidos que se misturavam entre branco e azul, contas, miçangas,
flores, cantos, danças, toques, alegria, festa e uma mistura de Pernambuco e
Bahia.
Para o corpo/ a “dependência” necessária da música, da vestimenta, das cores, do canto, da
fé, do ritual, da festa. Ali. Junto. Tudo misturado por muita alegria.
Engraçado escolher essa palavra para dar liga, mas foi bem
isso que percebi e senti: ALEGRIA. Não apenas encantamento, mas alegria.
Estava procurando um caminho por onde começar, mas eu já
comecei. Porque um projeto como esse é íntimo (e por isso mesmo legítimo). E
começa assim, com relatos de minha alegria, minha (entre) vida Pernambuco e Bahia.
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